Sair do aluguel e adquirir um imóvel próprio sempre foi — e continua
sendo — o sonho de boa parte da população. Isso porque, além da satisfação de
pagar por algo que será seu, ter um lar representa o início da construção do
patrimônio familiar. A boa notícia é que as possibilidades referentes ao
financiamento de imóveis estão mais amplas, permitindo que um número maior de
pessoas se torne, dentro em breve, proprietária.
O que leva ao financiamento
Pouquíssimas pessoas conseguem juntar dinheiro suficiente
para comprar a casa própria à vista, ainda
mais quando se trata do primeiro imóvel.
A principal alternativa para a imensa maioria da
população é recorrer ao financiamento imobiliário. Na prática, trata-se de
um empréstimo bancário para viabilizar a aquisição do bem.
Funciona assim: quando aprovado, o credor (banco ou instituição
financeira responsável) paga o vendedor (construtora, incorporadora ou
imobiliária) à vista e, em contrapartida, o devedor (quem pega o financiamento)
assume a dívida.
Além das parcelas mensais e anuais — sobre as quais incidem os
juros —, para obter o financiamento o comprador ainda tem que dar um valor de
entrada.
Vale destacar que, apesar das taxas de juros, o que torna o
financiamento de imóveis tão procurado são os longos prazos para quitar a
dívida.
Tipos de financiamento
O financiamento para a compra de imóveis residenciais,
casas ou apartamentos, novos ou usados, pode ser feito com o uso dos
recursos do:
Pelo SFH, o consumidor tem as menores taxas (nunca superiores a
12%), mas os valores dos imóveis e os tetos dos financiamentos variam
(periodicamente e de região para região).
Além disso, o crédito só é concedido quando a prestação mensal
não supere 30% da renda bruta familiar, o que impacta no valor da entrada.
Já pelo SBPE, não há limite de renda para obter o financiamento.
Porém, quando preço do imóvel pretendido é superior ao teto do SFH, as taxas de
juros podem ser superiores a 12% ao ano.
Maneiras de amortizar o financiamento
Há duas maneiras de pagar o financiamento de imóveis: pela
tabela Price, na qual o valor das parcelas é fixo, e pelo Sistema de
Amortização Constante (SAC), com parcelas que começam maiores e são reduzidas
ao longo do tempo, sendo que a primeira é até 25% maior do que a última.
A melhor opção é uma decisão pessoal, que deve ser tomada
considerando o planejamento e o orçamento familiar. Alguns bancos oferecem as
duas opções, outros apenas uma.
Independentemente da escolha, ambas são corrigidas, anualmente,
pelo índice de inflação. Ou seja, o valor das parcelas sofrerá reajustes
anuais.
Por não prestarem atenção a esse fato, algumas pessoas
acabam sendo pegas de surpresa. Para evitar esse tipo de problema, basta checar
as datas dos reajustes previstas no contrato.