Guia completo sobre financiamento de imóveis - PARTE 1

Sair do aluguel e adquirir um imóvel próprio sempre foi — e continua sendo — o sonho de boa parte da população. Isso porque, além da satisfação de pagar por algo que será seu, ter um lar representa o início da construção do patrimônio familiar. A boa notícia é que as possibilidades referentes ao financiamento de imóveis estão mais amplas, permitindo que um número maior de pessoas se torne, dentro em breve, proprietária.

Em sintonia com o aquecimento do setor imobiliário, este artigo reúne as principais formas de financiamento para comprar imóvel para que cada um se planeje e feche o melhor contrato possível.


O que leva ao financiamento

Pouquíssimas pessoas conseguem juntar dinheiro suficiente para comprar a casa própria à vista, ainda mais quando se trata do primeiro imóvel.

A principal alternativa para a imensa maioria da população é recorrer ao financiamento imobiliário. Na prática, trata-se de um empréstimo bancário para viabilizar a aquisição do bem.

Funciona assim: quando aprovado, o credor (banco ou instituição financeira responsável) paga o vendedor (construtora, incorporadora ou imobiliária) à vista e, em contrapartida, o devedor (quem pega o financiamento) assume a dívida.

Além das parcelas mensais e anuais — sobre as quais incidem os juros —, para obter o financiamento o comprador ainda tem que dar um valor de entrada.

Vale destacar que, apesar das taxas de juros, o que torna o financiamento de imóveis tão procurado são os longos prazos para quitar a dívida.


Tipos de financiamento

O financiamento para a compra de imóveis residenciais, casas ou apartamentos, novos ou usados, pode ser feito com o uso dos recursos do:

  • Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), o qual faz parte do Sistema Financeiro de Habitação (SFH);
  • Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE);
  • construtor ou incorporador responsável pelo empreendimento.

Pelo SFH, o consumidor tem as menores taxas (nunca superiores a 12%), mas os valores dos imóveis e os tetos dos financiamentos variam (periodicamente e de região para região).

Além disso, o crédito só é concedido quando a prestação mensal não supere 30% da renda bruta familiar, o que impacta no valor da entrada.

Já pelo SBPE, não há limite de renda para obter o financiamento. Porém, quando preço do imóvel pretendido é superior ao teto do SFH, as taxas de juros podem ser superiores a 12% ao ano.

Maneiras de amortizar o financiamento

Há duas maneiras de pagar o financiamento de imóveis: pela tabela Price, na qual o valor das parcelas é fixo, e pelo Sistema de Amortização Constante (SAC), com parcelas que começam maiores e são reduzidas ao longo do tempo, sendo que a primeira é até 25% maior do que a última.

A melhor opção é uma decisão pessoal, que deve ser tomada considerando o planejamento e o orçamento familiar. Alguns bancos oferecem as duas opções, outros apenas uma.

Independentemente da escolha, ambas são corrigidas, anualmente, pelo índice de inflação. Ou seja, o valor das parcelas sofrerá reajustes anuais.

Por não prestarem atenção a esse fato, algumas pessoas acabam sendo pegas de surpresa. Para evitar esse tipo de problema, basta checar as datas dos reajustes previstas no contrato.



Fonte: Blog Nex